sábado, 10 de outubro de 2015

Bancada do prefeito Silveira Júnior não aceita perder cargos nas empresas terceirizadas

O pacote de medidas que o prefeito Silveira Júnior (PSD) anunciará para enfrentar a crise financeira que afeta a sua gestão, prevê o corte de empregos terceirizados. Estima-se que a Prefeitura tem pelo menos mil cargos contratados pelas empresas prestadoras de serviço à Prefeitura e distribuídos em 200 equipamentos municipais como escolas, creches, unidades de saúde, equipamentos de cultura, entre outros.
A necessidade de reduzir os chamados terceirizados é inquestionável, uma vez que a gestão precisa reduzir ao máximo as despesas para que possa, pelo menos, manter em dia o pagamento da folha salarial dos servidores públicos, que é a prioridade definida pelo prefeito, segundo o secretário de Planejamento, professor Josivan Barbosa (PT).
A medida, porém, está mexendo com a bancada governista na Câmara Municipal, antes mesmo de ser anunciada. Os vereadores, que indicaram os seus correligionários para os cargos terceirizados, não aceitam que o prefeito passe para eles o recibo da crise. Em outras palavras, não admitem que os seus apadrinhados sejam demitidos.
A reação, como forma de recado, foi vista nas sessões ordinárias desta semana, quando parcela da bancada governista não compareceu ao plenário, deixando a oposição livre para fazer críticas e denúncias contra o prefeito. Inclusive, na sessão de terça-feira, 6, a oposição denunciou três casos graves, sem que a gestão municipal tenha sido defendida pela bancada. O prefeito foi acusado de pagar aluguel de uma casa (fechada) onde funcionou o seu comitê de campanha em 2014, pagar supersalários a servidores e superfaturar o preço do “galo quente” (sanduíche de pão com frango) para lanche do pessoal do Palácio da Resistência. Os vereadores governistas não defenderam Silveira, nem mesmo os que estavam no plenário.
O líder da bancada, vereador Soldado Jadson, chegou a questionar alguns companheiros governistas, pedindo que eles apresentassem o motivo pelo qual estavam se ausentando do plenário. Os vereadores deram o silêncio como resposta.

GARANTIA

Sabe-se que cada um dos 16 vereadores governistas tem uma cota de cargos em troca do apoio. O número de empregos varia de vereador para vereador, levando-se em consideração a importância de cada um. No entanto, esse tipo de relacionamento político não é admitido por nenhuma das partes. Mas, todos na Câmara  Municipal sabem a forma como a base governista é mantida para continuar fiel.
Apesar de o governo não admitir diretamente a oferta de cargos, o secretário Josivan Barbosa tratou de acalmar a bancada. Em entrevista ao JORNAL DE FATO, na edição de quarta-feira, 7, ele afirmou que a redução de cargos terceirizados não afetaria os verea-dores governistas.
A garantia dada por Josivan, porém, não surtiu efeito até agora. Os vereadores da bancada do prefeito fazem pressão para não ter os seus espaços reduzidos na máquina administrativa.


META É ECONOMICA 3 MILHÕES
O    Comitê de Controle de Gastos, que é formado pela Administração, Planejamento, Controladoria, Fazenda e Chefia de Gabinete, concluiu o trabalho de elaboração do pacote de medidas para redução de gastos no município. O documento foi entregue ao prefeito Silveira Júnior (PSD), que deverá passar o fim de semana e feriado analisando o pacote.
O secretário do Planejamento, professor Josivan Barbosa, adiantou ao JORNAL DE FATO que a meta é economizar pelo menos R$ 3 milhões. Para isso, a gestão municipal deve promover redução de despesas com aluguéis de imóveis e veículos, contratos de terceirizadas, diárias operacionais, energia, telefone e água, entre outras despesas.
Segundo Josivan, o comitê analisou todas as possibilidades, como forma de enxugar as despesas o máximo possível. Ele disse que a Prefeitura só vai gastar o que arrecadar, respeitando a cartilha simples da boa gestão financeira.
O secretário afirmou que serviços básicos como saúde e educação, principalmente, não serão afetados pelo choque de austeridade. “Também posso garantir que os salários dos servidores continuarão sendo pagos em dia”, destacou o secretário.
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